Isa Extreme

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Surf é Meditação

MEDITAÇÃO
“Meditation is any technique that enables us to relax our body and our mind and to free our mind of unnecessary thoughts and brain activity” (1)
.
Ao contrário do que a maior parte das pessoas julga, meditar não implica necessariamente estar sentado ou deitado sem movimento físico. Na verdade podemos meditar a qualquer altura e instante quer seja a caminhar, comer, lavar os pratos, namorar, ou mesmo praticar um desporto. O que é importante é que estejamos conscientes – sem vaguear por pensamentos – daquilo que estamos a fazer, estarmos 100% concentrados e fundidos com a acção. Nestes momentos a mente encontra-se em repouso do constante frenesim caótico de pensamentos e por isso são momentos de profunda calma e relaxamento que nos trazem uma enorme satisfação. São momentos de consciência em que estamos totalmente conscientes do momento sem nos distrairmos num supérfluo enredo de pensamentos. Estes momentos proporcionam-nos paz, bem-estar, saúde, concentração, consciência, criatividade e crescimento pessoal. Meditar é viver o momento presente.
O SURF CONECTA-NOS COM O MOMENTO PRESENTE
Qual o surfista que ainda não se interrogou o que é que o liga tão intensamente ao surf? Que desporto, arte ou filosofia de vida é esta que faz com que cada vez que mergulhamos no oceano esqueçamos tudo, como uma purificação mental que a energia das ondas produz em nós? Uma ausência de tempo em que “limpamos” a mente e simplesmente vivemos o momento.
« (…) when we step on the beach we step into another dimension. The corollary of not going anywhere – except for a swim, surf, snorkel or a bit of a sail- is that we find ourselves suspended in the moment.
Immersed in the here and now, we experience what Kristeva calls “monumental time”, which is “all-embracing and infinite”. Surfer and writer Nick Carrol perfectly captures this experience when talking about what he calls the zen buddhist aspects of surfing.
“You throw yourself so heavily into the moment that you are actually inside everything that’s happening. You’re inside the wave, you’re inside the surfboard and what its doing. You’re inside all the landscape around you and the ocean as its surging. You get totally inside the moment and it’s so intense that time disappears”»2.
Talvez porque num mundo de consumo rápido em que se vive a “tirania do tempo”, onde sempre se tem de ir a algum lado, o surf permita um simples momento de desprendimento e despreocupação em que apenas estamos focados e concentrados numa coisa: aquilo que estamos a fazer. Se estamos tristes saímos da água alegres, se tensos ficamos relaxados, se preocupados esquecemos o problema. É como se uma sessão de surf nos conectásse com a natureza, com uma parte central de nós próprios. E no fundo a onda é uma forma de energia em movimento que o surfista conecta e flui. O surf conecta-nos com o momento, o momento presente. Uma lucidez mental consciente e atenta, uma focada concentração requerida, e uma sincronia perfeita (“timing”) para simplesmente apanhar a onda, encontrar o seu ritmo. O surf alivia as tensões e ansiedades, alivia e cura as depressões e tristezas, traz consciência (atenção às circunstâncias, à realidade), felicidade, satisfação, bem-estar, alegria, paz de espírito, leveza física e mental e claridade.
Actualmente – sobretudo nos países desenvolvidos onde o surf tem mais tradição – desenvolve-se muito o lado competitivo e comercial do desporto, mas independentemente da forma como se encara ou do caminho que se escolhe, o surf é uma terapia. É como se na onda todos os elementos naturais e os sentidos humanos entrassem em harmonia numa ausência atemporal de personalidade, de um constante ego que se procura afirmar. Um momento em que o ser se rende humildemente à mãe-natureza, ao momento que o rodeia. Uma comunhão e aceitação tão procurada e ambicionada na esfera da espiritualidade, um modo de estar familiar à meditação.
O próprio acto de surfar condições extremas como quando o mar está gigante ou perto de bancadas rasas de corais exige um exímio grau de foco e concentração. Por vezes apenas escassos centímetros de água separam o surfista do afiado coral e uma queda pode inclusive ser fatal. Surfar uma onda como Teahupoo (Tahiti) ou Pipeline (Havaí), ou praticar tow-in em ondas gigantes, requer esse tipo de concentração em que se torna indispensável que o surfista “clarifique e limpe a mente” antes de entrar na água. No fundo é um treino mental em que o surfista necessita de concentração, calma e claridade para enfrentar lucidamente as situações. É isto que permite o estado sublime de sermos UM com a onda, de sermos a própria onda – uma forma única e singular que se movimenta e propaga numa energia natural com o seu próprio ritmo e pulsação. Os americanos chamam a este estado – a diluição do ser na onda – “stoked”, os havaíanos “hopupu”, nós poderíamos dizer “êxtase”. Resume-se tudo ao momento presente. A uma fluida espontaneidade em que o ser/surfista se desprende e liberta dos seus medos e dança e flui com a onda numa comunhão do agora. Um momento em que o ser é fiel e autêntico a si próprio.
PEAK EXPERIENCES
Os momentos em que o ser se torna Uno com o que experiencia – quando está completamente fundido com o que faz, com o instante – são denominados Peak Experiences 3. A este estado chama-se “flow”. Quando estamos completamente conscientes, concentrados e focados, quando simplesmente perdemos a noção do tempo porque estamos totalmente envolvidos e absortos naquilo que estamos a fazer. Como quando o surfista flui em uníssono com a onda e a surfa harmoniosamente sem pensar no quer fazer, ou quando entra no tubo numa mágica ausência temporal que parece uma eternidade. Surfar é meditar, mas o que acontece é que no caso do surf depende-se de determinadas circunstâncias para experienciar o momento. Depende-se! Mas este estado único e primordial – inato mas não facilmente acessível – em qualquer ser humano é compreendido ou avistado quando simplesmente somos, quando simplesmente estamos. A meditação ensina-nos a estar bem pelo estar – sem necessidade de fazer algo para atingir bem-estar – a ser feliz sem depender de nada, a procurar a felicidade dentro de nós e não através de coisas externas. Mas para o surf ser totalmente uma meditação é necessário que o surfista tenha essa consciência (“awareness”) e o encare como tal, senão será sempre uma terapia e, de certo modo e em certos momentos, uma meditação mas não na totalidade do seu potencial. Por exemplo, se o surfista está 100% focado e concentrado na sua ambição pessoal (por exemplo, de ser campeão nacional), está a desenvolver concentração mas é-lhe impossível experienciar o agora senão por breves momentos porque orienta a sua prática em prol de um objectivo futuro. Se a sua meta e ambição o orientam para o futuro como pode verdadeiramente experienciar o agora? De qualquer maneira experiencia as Peak Experiences em determinados momentos e estas trazem uma sensação de felicidade e satisfação revitalizante e ajudam a enfrentar o quotidiano. São uma espécie de injecção natural que ajuda o ser a suportar tudo aquilo que não lhe satisfaz na vida mas que é absoluta ou relativamente necessário. Como uma surfada semanal para aliviar o stress de um trabalho que não preenche nem satisfaz. Qual o surfista que não conhece a sensação de uma surfada revitalizante?
A ONDA DO MOMENTO
É mais fácil relaxar e descontrair a surfar do que em momentos de meditação em que ingloriamente queremos atingir algo. Porém, se verdadeiramente conseguirmos descontrair e simplesmente ESTAR sem depender de nada exterior, aí sim verdadeiramente estamos na liberdade do momento. Há uma grande diferença entre surfar e ser mentalmente influenciado e dependente do modo como o surf correu e surfar e acolher e receber o surf independentemente de qualquer valor crítico de bom ou mal. Aceita-se o momento pelo que é sem qualquer expectativa de como se queria que fosse. É um estado mental que vem de dentro e não de fora (embora na vida nada esteja separado mas antes interdependente e assim não há uma distinção categórica entre dentro ou fora). No Agora não existe uma distinção entre a acção e a consciência mas antes um fluir harmonioso. Não existe um desfasamento em que o pensamento se separa da acção como quando, por exemplo, remamos para uma onda, sentimos medo e tiramos o “bico da prancha” não apanhando assim a onda. No Agora a mente está 100% focada e a consciência está 100% alerta e atenta. Não há espaço para distracções, medos, ansiedades, dúvidas, preocupações ou pensamento auto-centrado. A própria actividade – neste caso surfar – torna-se um fim em si mesmo, isto é, não existe um objectivo a atingir num tempo futuro mas experiencia-se a actividade como um fim em si mesmo, no momento. Surfar por surfar, pelo instante que se vive. Com a meditação, a acção e a observação tornam-se unas.
“A feeling of flow, of losing all sense of time, of becoming one with what you are experiencing often brings about as deep feeling of relaxation, refreshment and sometimes even a sensation of deep consciousness”3.
O que acontece a maior parte das vezes é que vivemos em função de um determinado fim ou objectivo futuro que sonhamos atingir e julgamos ser condição necessária e fulcral para a nossa felicidade. O habitual pensamento de “seria muito mais feliz se conseguisse…”. Assim constantemente perdemos o momento e esquecemos que a paz e a felicidade não são fins mas meios, não são metas mas caminhos. Por detrás de um fim ou meta há uma forte entidade que a ambiciona atingir, mas na espontaneidade do momento apenas existem as cores do momento, a beleza de tudo aquilo que nos rodeia. É a constante auto-estrada de pensamentos – sobretudo centrado na nossa pessoa – e o seu julgamento, recalcamento ou apego, que nos previne de simplesmente estar Aqui e Agora.
Como a mítica lenda havaíana, Gerry Lopez, afirma “You must purposefully empty yourself of all thoughts, images and consequently also fears. You are only busy with the moment. Thoughts create a separation between you and what you see. Then your view is not clear enough. You have to become one with your senses and that only happens when you are not thinking. When you are scared your tendency is to withdraw into yourself, you become nervous and you start to make mistakes. That is something that you can do without when you are riding a high wave. I think that if people succeed in focusing on other things in this way for instance their work or their relationships, they will be much more successful”4.
A nossa constante avaliação e julgamento de nós próprios e do mundo impede-nos de percepcionar a realidade tal e qual como é. Momentos raros como quando, por exemplo, ficamos absortos e extasiados perante um sublime pôr-do-sol em que simplesmente observamos e somos a incandescente bola laranja que mergulha na terra, na montanha ou no oceano, são momentos em que o pensamento se esvai e o nosso olhar dilui-se na paisagem. São momentos de claridade mental, de pura percepção, de verdadeira beleza. O constante julgamento e crítica do mundo e de nós próprios povoa e obscurece a mente, impede a claridade e também nos impede de ver e sentir a beleza e perfeição de tudo aquilo que nos rodeia. Por isso é que as peak experiences são tão satisfatórias, porque nos permitem, por momentos, baixar as nossas “defesas”, esquecer a nossa imagem auto-criada de nós próprios e experienciar o momento nu através de uma percepção clara, isenta de julgamento. A chave está na aceitação da realidade tal e qual como é. Sem sonhos ou expectativas.
O surf potencia o momento e permite-nos de certo modo meditar. De facto aqueles escassos momentos em que simplesmente somos e fluimos com a onda trazem uma enorme sensação de felicidade e bem-estar, mas é uma sensação temporária. Quando estamos chateados e surfamos para esquecer, para limpar a mente, no fundo estamos a suprimir ou recalcar momentaneamente os nossos sentimentos e emoções. O que queremos é relaxar e esquecer o mundo por momentos. Mas, na verdade, não estamos a ir ao cerne do problema, embora por vezes ajude muito. É como se cortássemos uma erva daninha em vez de arrancá-la pela raiz. Se deixamos a raiz ela vai eventualmente desabrochar novamente. O mesmo acontece com tudo aquilo que a nossa mente recalca em vez de enfrentar e libertar. As emoções, sentimentos e pensamentos recalcados são armazenados como pedras pesadas no ser, obscurecem a mente e criam tensão. Muitos surfistas também surfam com um determinado objectivo em mente, quer ser melhor do que o amigo ou ser campeão nacional. Esta latente ambição é completamente contrária à essência da meditação, do agora. Meditar é estar bem por estar e não ter de fazer algo para nos sentirmos bem. Meditar é aceitar a realidade como é em vez de esperar que ela corresponda aos nossos sonhos e expectativas.
HARMONIA COM A NATUREZA
O simples acto de apanhar a onda requer um “timing” perfeito em que o surfista se harmoniza com o ritmo da natureza. É como se voltasse à sua origem, a um ritmo natural e não artificialmente imposto pela sociedade, à própria pulsação da onda. Aliás, para um principiante uma das maiores dificuldades é principalmente a de se ajustar e entrar no ritmo do oceano ao ponto de conseguir ter o timing e posicionamento correcto para simplesmente apanhar a onda que, no fundo, é uma manifestação da natureza, uma forma de energia em estado líquido. Este acto requer uma espécie de descentralização do ser para tenha sensibilidade para sentir a pulsação do oceano.
O tubo é considerado por muitos o momento mais mágico e harmonioso do acto de surfar. Quando o surfista humildemente se rende e entrega a um poder muito maior do que ele: o oceano, a natureza. Nestes escassos segundos o surfista vive totalmente o momento e talvez daí a sensação de que um tubo se sente numa ausência de tempo porque a mente não está no passado, nem no futuro, mas no Agora, o verdadeiro acronológico, atemporal. “Anyone who has ever spent time in the ocean, on a surfboard, in pursuit of the utimate ride, has a basic understanding of zen principle. As it relates to surfing, the zen moment culminates in the ride, on the wave, where all natural elements and human senses fuse into a spontanious transformation of (no) consciousness, experienced in an absolute timeless moment. Surfing echoes the rhytms of nature: always there, continually reocurring, no two-slip seconds are ever the same”5.
É sobretudo no tubo – o momento mágico em que a onda encobre o surfista – que mais facilmente podemos observar como a onda e o surfista entram em uníssono e se tornam Um. Pode ser que nestes momentos o Ego – o EU que tão vincadamente procuramos afirmar ao mundo e sobretudo a nós próprios – desapareça e a mente assuma a sua verdadeira natureza de leveza, espaço e claridade. O surf como meditação tem o potencial de diminuir a nossa actividade mental e potenciar os nossos sentidos e consciência; de diminuir a nossa arrogância e egocentrismo e mostrar-nos a nossa insignificância perante a magnificência da natureza; de nos tornar humildes e mostrar que na vida talvez a resposta não esteja no controle mas na aceitação das coisas como são. O surf também nos ensina a adaptarmo-nos às circunstâncias e aceitarmos naturalmente a mudança, a transitoriedade da existência. Cada onda é diferente, o mar constantemente muda e o surfista adquire a maleabilidade de se adaptar à transitoriedade das condições. E se tiver consciência estabelece a conexão entre aquilo que aprende no oceano e o quotidiano da sua vida.
Tal como Jean-Etienne Poirer afirma, «When moving into the tube – the pipe-shaped tunnel that forms as the crest of the wave falls over the barrel – no external thought can break and distract the surfer without causing a fall, or at least a swerve. Extreme focus and concentration are especially important when there is a layer of coral beneath the wave»6.
Geshe Sonam Thargye, um monge budista tibetano que ensina e reside no Buddhist Drolka Center, em Geelong, Victoria, Austrália, apaixonou-se pelo surf e actualmente surfa regularmente com os amigos. «´´I really like surfing´´ he says. ´´It´s a form of meditation, a way of focussing and stopping the mind from thinking´´». Como o próprio esclarece «We can´t entirely stop being busy but we can find calm in the middle of a busy chaotic world»7.
Como explicar a graciosidade e harmonia de um surfista como Gerry Lopez? Ou a comunhão e dança fluida de um Dave ´Rasta´ Rastovich? Ou mesmo a postura e tranquilidade de um Rob Machado? Há surfistas que simplesmente parecem estar conectados com algo maior. A sua harmonia, enquadramento e envolvência com o oceano é de tal modo que se torna difícil distinguir as linhas e curvas da onda das da forma do surfista. Há uma espécie de dança harmoniosa, de encontro e unificação entre duas formas de energia diferentes: o ser a natureza. Há uma postura e uma entrega humilde do ser. Tal como Lopez sintetiza, «(…) to be truly successful at riding a wave we´re approaching a zen state of mind, and that´s why surfing… especially surfing well… is so satisfying. You´ve banished all those extraneous thoughts from your mind and you´re in the pure moment. Other parts of your life might be in shambles, but because you´re tapping into the source you´re truly happy»8.
1. «Meditação é qualquer técnica que nos permita relaxar o corpo e a mente e libertar a mente de actividade mental e pensamentos desnecessários», in http://www.abc-of-meditation.com/
2. « (…) quando chegamos à praia entramos noutra dimensão. O corolário de não ir a lado nenhum – excepto para nadar, surfar, snorkel ou navegar – é que nos encontramos suspensos no momento.
Imersos no aqui e agora, experienciamos o que Kristeva denomina “tempo monumental”, que é “infinito e engloba tudo”. O surfista e escritor Nick Carrol capta perfeitamente esta experiência quando fala do que ele chama os aspectos budistas Zen do surf.
“Entras de tal maneira no momento que estás mesmo dentro de tudo o que se está a passar. Estás dentro da onda, dentro da prancha e do que ela está a fazer. Estás dentro da paisagem que te rodeia e do movimento do oceano. Estás completamente no momento e isso é tão intenso que o tempo desaparece”» in Solace by the sea, 13 de Março 2004, THE AGE, http://www.theage.com.au/articles/2004/03/12/1078594555816.html?from=storyrhs&oneclick=true
3. «Uma sensação de fluidez, de perder toda a noção de tempo, de tornarmo-nos um com o que experienciamos traz muitas vezes um sentimento profundo de relaxamento, revitalidade e por vezes mesmo um sentimento de profunda consciência» in Meditation – Living in the Now, Peak Experiences and Flow, http://www.abc-of-meditation.com/
4. «Deves propositadamente esvaziar-te de todos os pensamentos, imagens e consequentemente também medos. Estás apenas ocupado com o momento. Os pensamentos criam a separação entre ti o que vês. Assim a tua visão não é suficientemente clara. Tens de tornar-te um com os teus sentidos e isso apenas acontece quando não estás a pensar. Quando estás assustado a tua tendência é refugiares-te em ti próprio, ficas nervoso e começas a fazer erros. Isso é algo que não precisas quando estás a surfar uma grande onda. Penso que se as pessoas conseguissem focar-se noutras coisas como, por exemplo, no seu trabalho ou nas suas relações, teriam muito mais sucesso » in Meditation – The Key to the Now, http://www.abc-of-meditation.com/
5. “Qualquer pessoa que tenha passado tempo no oceano, numa prancha, em busca da onda perfeita, possui uma compreensão básica da filosofia Zen. No que diz respeito ao surf, o momento Zen culmina na onda, onde todos os elementos e sentidos humanos se fundem numa transformação espontânea de (não) consciência, experienciada num momento absoluto atemporal. Surfar ecoa os ritmos da natureza: sempre lá, reocurrendo continuamente, dois segundos nunca são iguais”, in http://art.csuci.edu/zensurfing/
6. «Ao entrar no tubo – o túnel que forma quando a crista da onda cai sobre o tubo – nenhum pensamento externo pode surgir e distrair o surfista sem causar a queda ou pelo menos desequilíbrio. Exímio foco e concentração são especialmente importantes quando existe uma camada de corais debaixo da onda » in Spirituality & Health, The Hawaiians Call It Hopupu, by Jean-Etienne Poirier, May-June 2003 http://www.spiritualityhealth.com/newsh/items/article/item_5999.html
7. «”Eu gosto mesmo de surfar” afirma. “É uma forma de meditação, uma maneira de focar e parar a mente de pensar”». Como o próprio esclarece «Nós não conseguimos totalmente deixar de estar ocupados mas podemos encontrar tranquilidade no meio de um mundo caótico e ocupado» in Surfing monk brings a calm influence to our shores, The Canberra Times, May, 19, 2002 – http://www.cambodianview.com/news-meditation1.html#[07]
8. «(…) ao ser verdadeiramente bem sucedido a surfar uma onda aproximamo-nos de uma estado mental Zen, e é por isso que surfar… especialmente surfar bem… e tão satisfatório. Acabaste com todos aqueles pensamentos estranhos da mente e estás no puro momento. Outras partes da tua vida podem estar despedaçadas, mas porque vais à fonte estás realmente feliz » in SURFERMAG.COM
http://surfermag.com/magazine/archivedissues/intrvu_gerrlopez/

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